Recentemente uma discussão, a meu ver sem sentido, tomou conta da crônica diária paulistana. Isso porque o Estado adotou um livro para adolescentes que continha palavrões. A literatura de qualidade ultrapassa esses limites obtusos da moral e dos bons costumes, haja vista grandes escritores como Nelson Rodrigues, Jorge Amado e tantos outros que usam palavrões (ou eu deveria dizer palavras de baixo calão?) em seus romances.
Por isso, resolvi indicar a leitura desse livro divertidíssmo de Moacyr Scliar (colunista da Folha de S. Paulo, muito bom para quem tiver interesse). A mulher que escreveu a bíblia é um livro recheado de palavrões, que conta a história da mulher mais feia do mundo, misturando o sagrado e o profano com muito senso de humor (muito mesmo).
Contado em primeira pessoa, no período bíblico de Canaã, a protagonista (que não tem nome) aprende a escrever como uma alternativa a sua feiúra, já que ninguém via a possibilidade dela se casar. No entanto, por meio das relações comerciais de seu pai, um pastor de cabras, ela acaba se tornando uma das esposas do Rei Salomão. O autor recria o ambiente da corte e, misturando fatos conhecidos com ficção, oferece versões um tanto diferentes de alguns episódios bíblicos famosos.
Fica a dica de uma leitura prazerosa e muito divertida!!!
Aline
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