quarta-feira, 13 de maio de 2009

13 de Maio

Treze de Maio de 2009.

Quanto você vale? 1 Real? 10 Reais? Mil reais? Um milhão de reais?
 Nada. Você não vale nada se o seu patrão te coloca para trabalhar por 16 horas seguidas, comendo arroz puro, dormindo em uma rede e tomando banho de caneca numa poça d'água.

Nada. Você não vale nada se você recebe vales pelo seu trabalho, passa o dia limpando vísceras e pisando em sangue descalço.


Nada. Você não vale nada se compra tudo no mercado do patrão, tem uma dívida infinita e é humilhado pelo seu capataz.

Uma vida. De repente, sua vida vale... nada, tão e somente, se você morar confinado, como um porco no pior dos chiqueiros e trabalhar como o pior dos... escravos.

Saiba mais, muito mais aqui. Veja aqui quem faz isso. Conheça quem luta contra isso.

Lute contra o trabalho escravo em dois mil e nove, para que ele não chegue a dois mil e dez. E para que a lei de 1888 realmente valha alguma coisa. Inclusive para as crianças.

E você, o que acha de tudo isso?

2 comentários:

Bruno F disse...

Sabe o que é mais absurdo? As pessoas acreditarem que a escravidão acabou e na verdade ainda tem mta gente sofrendo.
Diferente de tempos atrás hj a escravidão não é determinada pela etinia e sim por um grande esquema de coroneis e seus pistoleiros que mantem pessoas presas por dividas. Dividas que nunca vão conseguir pagar, pq afinal o patrão cobra o aluguel até do martelo, se não sobra dinheiro para o pão como eles podem quitar uma divida tendo que pagar para trabalhar? Vc acha que seria entao o jeito pedir demissão? Facil seria se fosse assim, pois os funcionários que se recusão ao trabalho compulsório simplesmente são caçcados no mato e mortos. Isso te remete a algum fato na história? Estamos em 2009 e esse tipo de coisa acontece!
Muitas vezes passamos por mendigos e moradores de rua e temos que fechar os olhos para evitar sofrer a cada esquina. Não deixe de olhar! Veja sim! Não passe os olhos por essas pessoas como se elas não existissem, elas fazem parte da nossa realidade social, como também os escravos por divida das grandes fazendas do araguaia, ou os operários de uma empresa que maltrata e explora seus funcionários. Qdo nos permitimos ver essa realidade estimulamos nosso senso critico e de uma forma ou outra um dia uma simples atitude que vc tenha pode ser a diferença.

Vinícius disse...

O pior é as pessoas saberem que a escravidão existe, é real, e fingirem que não é com elas, que é em um mundo distante. Outro dia, ouvi de uma pessoa que ela achava que escravidão era coisa só de Globo Repórter, que não era comum.

Não acho que baste notar a presença deles. É preciso - e fácil - não contribuir para que isso se perpetue: basta não consumir nada que possa ter origem nessa mão-de-obra. Roupas, comidas, jóias, etc.