quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os Sopranos


As séries da HBO são sempre fantásticas: grandes produções mergulhadas em embasamento histórico, atores sensacionais, temas fortes, diálogos inteligentes, cenas bem pesadas e sem a usual enrolação da Warner ou Fox para alongar algo que não precisa. Tudo isso sobra nas 6 temporadas de Os Sopranos (1997-2007).

Tudo começa quando um chefão da Máfia de Nova York procura ajuda terapêutica para ajudá-lo com sua depressão. Assim somos apresentados aos negócios e à família de Tony Soprano, retratando, no melhor estilo O Poderoso Chefão e Os Intocáveis, a Máfia Italiana e seus negócios inescrupulosos.

Mais do que uma série sobre o crime organizado, é uma retratação da sociedade americana (e porque não dizer de qualquer país desenvolvido?) em seus pontos mais fracos e podres, desde o crime, sexo, drogas, problemas familiares, afetivos, psicológicos, morte, perda, dor, traição... Uma avalanche de questões que, com o passar das temporadas, vão se embolando e levando os personagens à labirintos sem solução. Tony é a definição pura do anti-herói: Criminoso sem compaixão, passa por cima de tudo e todos, é mesquinho, folgado e desrespeitoso, mas é a ancora da série, é o personagem que mais nos cativa, e creio que é exatamente por todos os seus defeitos que o torna único e tão querido: ele é um humano extremo, levando os sentimentos ruins, aqueles que temos mas não gostamos de assumir, às últimas consequências, e ver todas essas questões sendo tratadas e desenvolvidas com tanta dificuldade pela Dra Melfi (a psiquiatra) é mais que um entretenimento, é um aprendizado sobre nós mesmos, sobre nossa natureza animal e instintiva.


Claro que além disso temos todos os esteriótipos italo-mafiosos que adoramos! E muitas situações que, embora não devêssemos, achamos engraçadas.

Outro ponto que me cativa são as inserções de mershandising nos programas, sempre dentro do contexto da série, como eles devem ser. Tão diferente de nossas novelas das oito...

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